sábado, 30 de novembro de 2013

Realidade

O que é afinal a realidade? Bom, este é um assunto difícil de tratar, mas vou tentar. Muitos diriam que realidade é a combinação de eventos e resultados aleatórios, entrelaçados entre si. Cada uma de nossas ações produz uma realidade, uma vez que cada ação gera um evento e pelo menos um resultado. No entanto, não há como ter controle da realidade, uma vez que, apesar de tentarmos modificar os eventos, nada podemos fazer quanto aos resultados. Para outros, realidade é tudo aquilo que existe de fato e, quando alguém acredita demais em alguma fantasia ou ilusão, ela se torna realidade. Mas então, como podemos saber que tudo ao nosso redor não é apenas uma ilusão? A verdade é que não há maneira de comprovarmos de maneira totalitária se o que vemos, ouvimos, cheiramos, saboreamos e tocamos é realidade de fato, ou apenas uma fantasia em que todos acreditamos, fazendo com que se torne realidade. Podemos buscar a partir de princípios filosóficos, ou até mesmo científicos, tentar provar que o que vivenciamos é real, mas esta é uma duvida que certamente permanecerá para sempre na humanidade e caberá a cada um a certeza do que é ou não real. A imensa dificuldade em definir a realidade, é justamente por ela ser diferente da fantasia apenas por uma linha tênue, uma vez que a fantasia pode tornar-se realidade e vice e versa. Ainda que partamos da primeira ideia que sugeri do que seja a realidade, como saberemos quais eventos são reais e quais não são? E como saber se os eventos imaginários também não podem produzir novas realidades? É por isso que hoje em dia a teoria de realidades alternativas vem ganhando cada vez mais adeptos. Uma vez que produzimos ou não um determinado evento, os resultados deste produzem uma realidade em que vivemos e realidades diferentes, mas semelhantes, as quais não vivemos e que só podemos nos dar ao pequeno luxo de imaginarmos como seria vivermos nessas realidades alternativas. Enfim, tratar do assunto realidade é um tanto complicado, não? Deixe a sua opinião, caro leitor, ela é importante para mim.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A vida é tão breve e fugidia...

Já parou para pensar como a vida é breve e fugidia? O universo tem cerca de 13,73 bilhões de anos. A Via Láctea tem aproximadamente 13,6 bilhões de anos. A Terra, nosso planeta, tem em torno de 4,54 bilhões de anos. A vida de um ser humano normalmente não chega aos 100 anos na maioria dos casos. Definitivamente, a vida do ser humano é como o piscar de um olho se comparada a todo o universo. E, mesmo assim, para muitos parece ser uma eternidade de sofrimento. A questão é que não importa se ela nos parece curta ou longa, devemos aproveitá-la, pois ela se esvai. E como já mencionei anteriormente neste blog, tudo é transitório. Desde um simples átomo até nosso inteiro universo vai acabar um dia e se transformar em algo novo. Mas, ei, a morte não é o fim de tudo. Ela é não mais que uma transformação pela qual passamos ao longo de nossa existência. Nascimento, vida, morte e depois algo que está além da compreensão de qualquer ser humano é o que está por trás de todos. Não há motivos para desespero, o destino de todos é o mesmo durante a vida, só o que muda é como chegamos até lá. Devemos lembrar que a morte vem para todos, sem distinção. Não importa se somos brancos, negros, asiáticos, índios, velhos, novos, ricos, pobres... Enfim, teremos que passar por mais essa etapa de nossa existência. Talvez seja mais sensato pensarmos na morte não como o fim de tudo, mas como o fim de um ciclo para que outro possa começar. Apenas devemos nos cuidar para que o fim deste ciclo não chegue tão rápido e nos deixe com tantos arrependimentos, pois o tempo não para nem volta atrás. A vida é breve e fugidia, viva o que tiver que viver agora porque o depois ninguém sabe como será.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Curiosidades 3- Tardígrado ou Urso D'água

O Tardígrado, também conhecido como Urso D'água, é um animal artrópode cujo o tamanho pode variar entre cerca de 0,05 mm até 1,25 mm. Completamente desprovido de Sistema Circulatório e até mesmo Sistema Respiratório, faz trocas gasosas aleatoriamente de qualquer parte de seu corpo. Podem sobreviver até mesmo em temperaturas próximas ao Zero Absoluto e até 200ºC! Ainda são capazes de suportar uma pressão de até 75000 atm (atmosferas), 5700 Gray de radiação (100 Gray de radiação leva o ser humano à morte devido à falência do Sistema Nervoso), além de poderem reparar seu DNA após serem bombardeados por radiação, ainda que intensa (evidentemente que dentro do limite mencionado). Caso enfrentem situações como a de seca extrema, os Tardígrados podem entrar em animação suspensa (como se simplesmente desligassem o metabolismo). Apesar de seu pequeno tamanho, podem chegar a viver cerca de incríveis 120 anos. Todas essas condições permitem que o Tardígrado possa ser encontrado por quase todo o planeta Terra, desde as profundezas do oceano até as mais altas montanhas do Himalaia, desde que haja musgos ou líquens. A maioria dos Tardígrados alimenta-se de conteúdo celular. Em setembro de 2007, a Agência Espacial Europeia enviou alguns Tardígrados ao espaço, que não só foram capazes de suportar a ausência de oxigênio, a quantidade extrema de radiação UV e raios cósmicos, como foram capazes de se reproduzirem.

domingo, 8 de setembro de 2013

Saudade

Como definir o que é a saudade? Bem, posso começar dizendo que a saudade não é apenas sentir falta de algo ou alguém, embora ela comece por aí. A saudade é algo que às vezes nos traz angústia, mas também pode nos lembrar dos bons momentos e nos fazer aprender a dar valor às coisas, antes que as percamos. Não sentimos saudade daquilo que não damos valor, tampouco daquilo que nunca fez diferença na nossa vida, ou que preferíamos que nunca tivesse acontecido, nunca tivesse existido. Saudade é aquele aperto que dá no peito quando lembramos de alguém que está distante, ou que já faleceu. Saudade é o que dá a emoção de cada reencontro e que nos faz ter histórias para contar. A saudade não é sempre algo ruim, ela pode ser o sinal de que algo valeu a pena, estar perto de alguém, ter vivido uma experiência, ter estado em algum lugar... Enfim, saudade é algo bem difícil de definir apenas com palavras. Só quem já sentiu saudade sabe bem o que é este sentimento, essa sensação.
Bem, pessoal, este post pode não ser grande (em tamanho) como muitos outros, mas é um post que tem muito a dizer. Irei encerrá-lo por aqui, pois, como mencionado acima, a saudade é algo bem difícil de definir apenas com palavras. Eu poderia continuar escrevendo, mas de nada adiantaria. Saudade não é algo que a gente explica como é.

Faça um bom proveito de sua leitura, caro leitor ou cara leitora.

domingo, 25 de agosto de 2013

Curiosidades- 2: Calêndula

A calêndula, muito diferentemente de outras flores, possui outro significado quanto ao seu simbolismo. Ela representa o medo, o desespero, a tristeza e o pesar. Não é uma flor muito boa para se dar a alguém. Muito porém, no ocidente não são muitas as pessoas que conhecem este significado, sendo este mais conhecido no oriente asiático.
Em "Congresso Internacional do Medo", de Carlos Drummond de Andrade, o último verso traz uma possível alusão a esta flor, confira:
"E sobre nosso túmulos nasceram flores amarelas e medrosas". Provavelmente o simbolismo desta flor serviu para a construção da metáfora usada por Drummond em seu poema.
Apesar de toda essa simbologia, a calêndula  possui uso fitoterápico(produz drogas e medicamentos) para uso homeopático (de forma "mais natural"), podendo ser muito utilizada em tratamentos pós-operatórios, problemas uterinos e de cólicas menstruais, além de, no passado, ter sido muito utilizada para tratar ferimentos de soldados nas guerras.
A flor também é muito utilizada na produção de cosméticos como na fabricação de shampoos, sabonetes, loções, pomadas cicatrizantes e produtos para peles oleosas com acne e cravos.
NOTA IMPORTANTE:  a ingestão em excesso da calêndula pode causar depressão, nervosismo, falta de apetite, náusea e vômito.
PS: eu, autor deste blog, não serei responsável por qualquer tipo de besteira que algum dos leitores possa querer fazer com esta flor e sua planta.

sábado, 27 de julho de 2013

Tudo no mundo tem uma razão de ser ou acontecer?

Esta é sem dúvidas uma questão muito frequente. Quem, afinal, nunca se perguntou se o que ocorria consigo mesmo, ou ocorre, tem uma razão em específico para acontecer? No meu caso, acredito que há coisas que aconteçam por acontecerem, sem uma grande razão para tal. Alguns dos acontecimentos em nossas vidas ou na de outros, ocorre simplesmente como fruto da aleatoriedade que existe para além do nosso universo. Esta aleatoriedade foi responsável por sua criação. Aleatoriedade significa que combinações ocorrem a todo instante, sem seguir uma ordem, podendo gerar uma série de resultados imprevisíveis. Acontece que por conta disso, é possível que a aleatoriedade crie combinações com uma determinada ordem e, às vezes, isso resulta naquilo que não encontrarmos uma razão de acontecer ou ser. Pessoas que encontramos, coisas que perdemos ou ganhamos, lugares a que vamos; nem sempre temos controle sobre isto. Arrisco-me a dizer que quase nunca temos esse controle. Provavelmente, a aleatoriedade possa gerar algumas das coisas que as pessoas chamam de milagre. No entanto, é plausível e completamente aceitável que eu esteja errado quanto ao que escrevi. Meu objetivo não é de questionar a fé de nenhum dos leitores,e o que escrevi não exclui a possibilidade de alguém acreditar que o que chamei aqui de aleatoriedade seja, na verdade, a manifestação de uma vontade divina. Em fim, proponho apenas repensarmos o assunto, a fim de evitar preocupações desnecessárias procurando uma razão para tudo.

domingo, 30 de junho de 2013

Curiosidades- 1

A expressão "língua de prata" tem origem na China antiga, a partir de um famoso ditado: Falar vale prata, mas o silêncio vale ouro. Este ditado quer dizer que é sempre importante saber falar o que é necessário de forma direta, rápida e inteligente, mas mais do que isso; é importante também saber não dizer nada. Língua de prata, por tanto, é uma expressão utilizada para se referir a alguém que saber falar bem, uma pessoa com grande poder de oratória. No entanto, a expressão "língua de prata" assim como "língua afiada" é hoje, sinônimo de falar muito. Talvez seja fácil imaginar porque "língua de prata" tornou-se sinônimo de falar muito. A prata é um metal resistente, quando em liga com determinados outros metais, e a língua humana é um músculo, o que nos permite imaginar que uma língua sendo feita de prata, garante a possibilidade de falar muito.
Obs.: A expressão "língua afiada" é muito diferente da expressão "língua de prata". Em quanto "língua de prata" faz alusão ao valor da prata em sentido espiritual e ao poder da oratória, "língua afiada" faz alusão à língua das cobras e serpentes, que é bifurcada e bem fina. Isso quer dizer que uma pessoa "língua afiada" é uma pessoa que fala muito, porém fala muito para ofender, como se pudesse cortar as pessoas e até mesmo envenena-las.

sábado, 15 de junho de 2013

Ciclo Existencial

Já não é de hoje a teoria de que a existência se dá de maneira cíclica. Eu, pessoalmente, acredito nisso. Tudo que um dia veio a existir deixará de existir, e este ciclo irá se repetir. Mas não é só isso, parece que existem outras coisas associadas a este ciclo. No caso do ser humano, às vezes parece que este ciclo sempre se repete, embora de maneiras diferentes, de acordo com as ações individuais e coletivas; Nascimento, desenvolvimento, crescimento, felicidade, tristeza, lamento, amor, ódio, alegria, solidão... Até que por fim todos chegam ao "sono eterno ao qual chamamos de morte.".
Você, leitor, provavelmente pergunta-se, neste momento, se é possível romper este ciclo: a minha resposta seria que "não nas condições em que nos encontramos.". Quanto mais se tenta romper este ciclo, mas o fazemos girar como uma roda e as coisas se repetem, mesmo que não aparente haver repetição. Todos nós, em algum momento, tentamos romper este ciclo, até acreditamos que as coisas realmente tomaram um rumo diferente, mas, na verdade, elas levaram a um mesmo destino.
A crença budista no Samsara diz que só é possível romper este ciclo quando se alcança o caminho da iluminação, onde o indivíduo adquire o conhecimento necessário para escapar a ele.
Encerro este post deixando uma pergunta para que vocês leitores façam a si mesmos: como será que posso obter o necessário para superar este ciclo, esta roda da existência?


Nota: a imagem que acompanha o post é uma representação de um símbolo muito utilizado no passado pelos alquimistas, o Ouroboros, que simboliza o eterno retorno.

domingo, 26 de maio de 2013

Palavras

Palavras são a forma com que muitos decidem se comunicar e expressar. Sua origem remonta tempos de outrora, os quais não são definidos com total precisão. As palavras trazem em si uma vasta quantidade de significados. Podem tanto expressar algo simples e facilmente imaginável, como podem representar algo abstrato, como sentimentos e emoções. 
As palavras são capazes de criar e até mesmo de destruir. Com algumas delas, pessoas começam um relacionamento, confortam uma dor, transmitem uma ideia... Ainda assim, também podem ser usadas para ordenar a morte de alguém, podem destruir uma vida, entre outras infinitas possibilidades. No entanto, existem coisas que só podem adquirir um significado através de gestos, ações e expressões do corpo.
 Em todo o curso em que se seguiu a história do homem, as palavras foram ganhando cada vez mais importância. Muitos acreditavam serem capazes de invocar o poder dos deuses apenas ao falar certas palavras e outros, ainda hoje mais do que acreditam, têm a certeza de que podem pedir proteção (sobre diversas formas) que podem mudar o outro (e de fato podem), por meio do que pronunciam. 
A questão é que por trás de tudo aquilo que é dito, existe aquilo que não é dito, muito mais carregado de significado. De certa forma, as palavras evocam e exorcizam o que está em nosso interior, mas ainda assim, são bastante limitadas, não bastando apenas utilizá-las se não houver forma de o outro perceber o que elas pretender significar.
 Eu, que estou aqui, por trás da criação deste e de outros tópicos, poderia continuar explicando e detalhando minha opinião sobre as palavras, mas isso é algo de extrema complexidade e o que escrevo jamais contemplaria por completo aquilo que pretendo dizer. Por tanto, deixo este tópico para servir de gatilho, que irá proporcionar ao leitor a possibilidade de analisar o que eu disse e o que eu não disse e queria dizer, podendo assim (ou não), chegar próximo ao que pensei.

sábado, 4 de maio de 2013

A Era das Tecnologias Inteligentes e das Pessoas Idiotas



 A tecnologia está cada vez mais inteligente e as pessoas estão ficando cada vez mais idiotas. Hoje é possível utilizar um telefone celular para acessar a internet com alta velocidade, tirar fotos com maior qualidade, jogar jogos incríveis e conversar com amigos de toda parte, operando tudo com um simples toque na tela do celular. E a televisão? Também está adquirindo diversas funções novas, passando a ser, na verdade, um conjunto de aparelhos englobados em um só.
As pessoas, no entanto, ficam proporcionalmente mais idiotas, salvas as exceções. É comum ver pessoas nas redes sociais fingindo ser quem não são muito mais do que já era comum fora do ambiente virtual. Algumas gostam de dizer que são "vida loca" (rebeldes sem causa que gostam de fazer tudo o que querem e que desrespeitam os pais por mera diversão), que fumam maconha, ou que são deprimidas, bipolares e que cortam os pulsos, apenas no mero intuito de ganhar atenção.
Quando um acidente acontece no trânsito, a grande maioria dos indivíduos que param para ver a cena não está interessada em chamar socorro, mas em ver o sofrimento e a desgraça alheia (desculpe-me pela palavra desgraça se você leitor acha o vocabulário muito ofensivo) e de tirar fotos para postar nas redes sociais, para reclamar do descaso do governo com o bem-estar e a segurança da população.
Às vezes parece que simplesmente esse tipo de acontecimento deve ser encarado como "C'est la vie"(É a vida), como algo que não merece mais nenhum tipo de importância. A tecnologia inteligente permitiu um avanço muito rápido na espetacularização de tudo na vida pessoal e alheia. 
Encerro o post com a seguinte pergunta: a tecnologia superará em tudo o ser humano, tornando-o apenas uma marionete fria e sem vida?

domingo, 7 de abril de 2013

A importância do Eu


Dizem que a origem dos maiores problemas da humanidade está em as pessoas não saberem lidar consigo mesmas. No entanto, lidar com si próprio é um problema complexo e, diferentemente de muitas pessoas, eu não acredito que alguém tenha realmente chegado a tal ponto.
Sempre tentamos mudar algo em nós mesmo que não nos agrada e não nos satisfaz, muitas vezes apenas porque não podemos aceitar aquilo que nos incomoda, como algo natural. A solidão e o sentimento de impotência, ou até mesmo de inutilidade, muitas vezes vêm dessa dificuldade de não conseguirmos lidar conosco. Queremos ser perfeitos e capazes de alterar as coisas a nossa volta para adequá-las às nossas necessidades, aos nossos sentimentos e ignoramos que tudo tem seu próprio curso natural que pode resultar em desastres, quando alterados descuidadamente (dificilmente o ser humano tem capacidade para tal).
Devo dizer que não acredito em quem diz que vive em paz consigo mesmo. Para começar, é costume que tentemos rejeitar o sofrimento, a dor e a tristeza, guardando-os em nosso interior. Mas o que deveríamos realmente fazer é compreender a razão de tais sentimentos e procurar crescer com eles, aprender com eles.
Quase nenhum de nós é capaz de entender que "eu", vem antes de qualquer outra pessoa, e não, isso não é egoísmo, pois o verdadeiro egoísta não se importa com ninguém, nem com ele. Antes de podermos fazer algo pelo outro, devemos conseguir nos tornarmos um só com o "eu", podendo então cuidar de todo o resto. Nunca entenderemos o outro realmente, sem antes nos entendermos (cada indivíduo entender a si próprio, mas estou tentando evitar a repetição).
Acredito que aquele que realmente puder chegar à união com o seu interior (de novo uma maneira de evitar repetições), não será alguém que transcende o sofrimento, mas alguém capaz de se deixar sofrer, para obter novas experiências e aprendizados e transformar o que dizemos que é um sentimento ruim em algo bom e motivador.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Sonhos


Definir o que é um sonho é uma tarefa extremamente difícil. No entanto, já se tentou fazê-lo diversas vezes. Alguns dizem que os sonhos são um mundo para o qual nossa mente viaja e experimenta sensações novas, às vezes são retratados como um conjunto de lembranças e memórias que surgem na nossa mente durante o sono... Enfim, vou tentar falar da maneira que sei.
Os egípcios antigos descreviam os sonhos como uma viagem do Ba (parte da alma egípcia, semelhante ao conceito cristão de alma) pelo Duat (o mundo espiritual). O que a pessoa sonhasse era o que seu Ba experimentava enquanto permanecia durante sua viagem. Eles acreditavam ainda que dormindo com travesseiros de granito, era possível evitar pesadelos, pois o peso do granito dificultava que a viagem fosse longa.
Já para os gregos antigos, os sonhos seriam uma espécie de ilusão criada pelos Oneiros (filhos ou irmãos de Hipnos, o sono): Morfeu, que era responsável pelas imagens humanas; Ícelo ou Fobetor, que criava a imagem dos animais e, por fim, Fântaso, responsável pelos elementos restantes dos sonhos.
Eu acredito que os sonhos são o mundo que cada um de nós tem dentro de si. Um mundo que contém nossos maiores segredos, nossos mais profundos desejos e até mesmo os nossos sentimentos mais ocultos. Sonhando podemos ser quem quisermos, fazermos o que quisermos, não há regras. Se os caros leitores desejam entender melhor o que tento dizer, citarei aqui a frase de um personagem famoso no mundo dos filmes (Alvo Dumbledore- Harry Potter): "Porque nos sonhos entramos num mundo inteiramente nosso. Deixe que mergulhe no mais profundo oceano, ou que flutue na mais alta nuvem”.
É importante mencionar ainda que os sonhos podem ser uma maneira de se fugir da realidade, quando esta já demanda um esforço muito grande e se torna terrível. Isso não quer dizer que devemos sonhar o tempo todo e nos esquecermos de viver a realidade. 

domingo, 10 de março de 2013

Orfeu


Orfeu era um poeta e musicista da Mitologia Grega, filho de Apolo e amante de Eurídice, uma ninfa. Orfeu foi um dos cinquenta Argonautas, que foram com Jasão em busca do Velocino (Tosão para os portugueses) de Ouro. Nesta missão, tinha como função, acalmar os homens para que eles não brigassem entre si. Orfeu também livrou os Argonautas da ira das Sirenes com a melodia de sua lira.
Ao tocar sua lira, Orfeu fazia os pássaros pararem de cantar, as árvores curvarem-se ao vento, os rios fluírem mais lentamente, tudo isso para ouvir o som que produzia. Até mesmo os deuses paravam para ouvi-lo. 
Certo dia, Eurídice, a amante de Orfeu, estava fugindo de um apicultor que a perseguia, quando tropeçou numa serpente e foi mordida, morrendo rapidamente. Orfeu decidiu ir até o Mundo dos Mortos, para tentar trazer sua amada de volta. Sua melodia, agora melancólica, permitiu que fosse levado pelo barqueiro Caronte, até seu destino. Conseguiu fazer com que Cérbero, o cão gigante de três cabeças, caísse em sono profundo.
Ao chegar até Hades, o Senhor dos Mortos, pediu que Eurídice pudesse voltar com ele. Hades negou o pedido de Orfeu, até que este tocou sua melodia para Perséfone, a esposa do Senhor dos Mortos. Ela então pediu a seu marido que concedesse o pedido do jovem deus. O pedido fora concedido, no entanto, havia uma condição: Orfeu não poderia olhar para trás sob hipótese alguma até deixar o reino de Hades.
Orfeu levou Eurídice consigo, mas, no momento em que achava ser seguro olhar para trás, percebendo que sua amada novamente havia se tornado uma sombra penosa e agonizante.
Depois de fracassar em seu objetivo, o filho de Apolo passou a dar conselhos de relacionamento para outras pessoas, mesmo que nunca tivesse tido algo em especial com alguém além de Eurídice, algo que resultou em frustração e decepção. Acabou por ser morto pelas Mênades, um grupo de mulheres selvagens que se irritaram com ele por terem sido ignoradas. Os deuses vingaram Orfeu e transformaram as Mênades em carvalhos, até que seus troncos caíram sem vida, no chão.

Curiosidade: Do nome Orfeu é que se deriva a palavra Orfismo, um conceito filosófico.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O ser invisível

Antes de termos nascido, éramos apenas seres invisíveis sendo carregados no ventre materno, até que nossa existência fosse descoberta, aí passamos a nos tornarmos visíveis para alguém. Quando nascemos, começamos a deixar nossa marca no mundo, mas ainda somos invisíveis para muitos. Quanto mais nossa marca no mundo cresce, mais nos tornamos visíveis e a consciência de que somos visíveis, torna-se um vício.
Todos nós queremos ser visíveis; a sensação que se traz é muito forte, pois nos faz sentir que não estamos sozinhos e parece dar algum sentido maior para nossas vidas. O problema é quando perdemos o controle disso, acabamos por fazer até mesmo o ridículo para sermos notados, mas nada que já esteja ruim está livre de ficar ainda pior... Queremos ser percebidos mesmo que por coisas vazias e sem significado.
Devemos lembrar que um dia nos tornaremos invisíveis de novo, nossa marca sob a terra desaparecerá, quase que por completo, até o dia em que alguém, atento o bastante, perceba a pequena penumbra do que um dia foi uma grande sombra*.
Não devemos nos preocupar com o tamanho da marca que deixamos no mundo. Não adianta que ela seja grande, se no final nos tornarmos completamente invisíveis, esquecidos, inexistentes. Basta que continuemos visíveis para aqueles que nos são mais caros, caso o contrário, se nos tornarmos invisíveis até para estas pessoas, tudo o que fizemos não terá significado e será como se nunca tivéssemos existido.

*Os egípcios antigos usavam a expressão Sheut(Sombra/Estátua) para se referir à parte da alma que corresponde à marca deixada pelo ser humano sob a terra.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Exagero


Ah, o exagero... Tão comum na história da humanidade desde tempos antigos, parece ter ganhado maior importância nos dias de hoje. É comum vermos coisas simples serem transformadas num teatro dramático, como uma cena comum do dia a dia que parece precisar de importância nacional.
O exagero de que falo muitas vezes se faz presente por conta da superficialidade das pessoas, mas é o que mais rende audiências a um telejornal, ou leitores a um jornal impresso ou revista, por exemplo. Às vezes as pessoas preferem dar atenção aos participantes do Big Brother (sem ofensa aos fãs), do que saber como anda a educação em seu próprio país. Percebemos também como os telejornais dão foco às tragédias, como se nada mais acontecesse ao nosso redor.
Normalmente não costumo ser pessoal nas minhas postagens caros leitores, mas neste caso em especial, creio que a pessoalidade se faz necessária para dizer-vos como me incomoda. Pergunto-me o motivo de certas tragédias que acontecessem serem transformadas num verdadeiro desastre. Sim, uma mãe filho por motivos injustos ou motivo nenhum, mas porque alguém simplesmente decidiu tirar a vida desse filho, é trágico. Ainda assim, parece não nos importar as pessoas que estão morrendo ao nosso redor, por não terem condições de receber um atendimento de qualidade num hospital. Parece não importar que ainda haja milhões de pessoas vivendo na miséria, sem direitos a saúde, educação, moradia decente, entre outras coisas, desde que haja futebol na televisão, mulheres nuas no carnaval, cerveja na geladeira e a economia esteja "favorável" (favorável a quem, mesmo?).
Este exagero tem tornado nossa vida uma piada nada engraçada. É algo que nos faz reféns de nós mesmos e nos distrai daquilo que realmente é importante. Mas, como bem sei, essa é uma realidade que só irá mudar quando realmente se tornar irritante.

P.S.: Este post assim como o anterior não é exatamente conclusivo, pois cabe ao leitor definir uma conclusão para o mesmo. Desta maneira, o leitor trabalha a produção enquanto acompanha minhas palavras, em vez de absorvê-las como algo sem valor, apenas uma informação a mais ou uma verdade absoluta e inquestionável. 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Verdade Absoluta e Universal- Existe?

Primeiro irei começar questionando o que significa "verdade". Para muitos, verdade é tudo aquilo que é real e tem algum meio de comprovação, geralmente através de métodos científicos. Outros acreditam que a verdade depende da fé de cada um.
Mas será que existe uma verdade que seja absoluta e universal? Ou a verdade será sempre algo relativo, dependendo daquilo que escolhemos aceitar como real?
Creio que não haja uma verdade assim. Por mais que se tenham comprovações de que algo é real e verdadeiro, com base em anos de estudos e pesquisas devidamente elaborados, ainda continua sendo algo que optamos por aceitar. Diria que para que uma verdade fosse absoluta e universal, todos teriam que pensar igual e não discordar dela, afinal, se alguém puder discordar, já existe a possibilidade de que esta verdade não seja aplicável a todos os casos e que tenha sido manipulada para adequar-se as teorias e o modo de pensar de alguém.
É justamente o fato de toda verdade ser questionável que leva o ser humano a pesquisar, estudar, reformular e aprender. Caso o contrário, deveria ser algo tão óbvio que todos saberiam. É o que faz com que existam as dúvidas e permite que o homem possa crescer.
Afinal, tudo aquilo que o homem percebe não acaba, de alguma forma, sofrendo distorções para que ele seja capaz de explicar aquilo que percebeu e para que ele próprio percebeu? A verdade é uma ideia e como dizem "Toda ideia, filosofia ou poesia nasce de uma interrogação, não é verdade?.*

*Frase retirada de um marcador de página da livraria Cultura. A versão original é: "Dizem que toda ideia, filosofia ou poesia nasce de uma interrogação, não é verdade?".

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Magia

Quando se fala em magia, é muito comum pensar em pessoas com varinhas mágicas nas mão lançando feitiços com diversos fins, ou em bruxas preparando algo em um caldeirão para fins malignos. Na verdade, Magia é algo que vai muito além disso. Trata-se de invocar os poderes divinos, de outras entidades espirituais (que não sejam deuses), até mesmo da própria natureza.
A Magia está presente nos costumes da humanidade desde os tempos remotos, quando o homem aprendeu a cultuar. Desde a mais simples prece ou oração, até rituais de sacrifício são considerados formas de Magia.
No Antigo Egito, era comum usá-la todos os dias. Quando alguém morria, costumava-se enterrar a pessoa junto a uma oração a Osíris, o deus da Vida, da Morte e do Renascimento, para que o Ba(parte da alma egípcia) fosse devidamente recebida e julgada adequadamente, e a Anúbis o deus dos Rituais Fúnebres, para que não violassem o corpo.
Os Celtas também eram conhecidos por seu uso da Magia. Costumavam recorrer as forças dos deuses ligados com a natureza para diversos fins, como trazer fertilidade ao solo ou proteção contra doenças, algo que também se fazia no Egito Antigo e em muitas outras civilizações.
Aqueles que praticavam essa arte (Magia), normalmente se especializavam em uma determinada função e recebiam um nome de acordo com sua especialidade. Por exemplo:
Alquimistas: magos que usavam a chamada Transmutação, para a partir de um objeto obter outro. Limitavam-se quase sempre ao trabalho com a matéria e tinham um aspecto mais científico.
Curandeiros: magos que cuidavam dos enfermos, eram bastante procurados nas eras antigas e é próximo do que hoje chamamos de médico (embora Curandeiros tentassem trabalhar com qualquer tipo de doença).
Parteiras: magas que auxiliavam as mulheres na hora do parto e que tentavam fazer os bebês nascerem saudáveis.
Existiam também aqueles que não possuíam especialização e faziam de tudo, ou quase tudo, como Taliesim (conhecido como Merlim), Moisés, Jesus Cristo, Messias (embora muitos não tolerem que esses três últimos sejam chamados de magos), além de muitos outros.