Ah, o exagero... Tão comum na história da humanidade desde tempos
antigos, parece ter ganhado maior importância nos dias de hoje. É comum vermos
coisas simples serem transformadas num teatro dramático, como uma cena comum do
dia a dia que parece precisar de importância nacional.
O exagero de que falo
muitas vezes se faz presente por conta da superficialidade das pessoas, mas é o
que mais rende audiências a um telejornal, ou leitores a um jornal impresso ou
revista, por exemplo. Às vezes as pessoas preferem dar atenção aos participantes
do Big Brother (sem ofensa aos fãs), do que saber como anda a educação em seu
próprio país. Percebemos também como os telejornais dão foco às tragédias, como
se nada mais acontecesse ao nosso redor.
Normalmente não
costumo ser pessoal nas minhas postagens caros leitores, mas neste caso em
especial, creio que a pessoalidade se faz necessária para dizer-vos como me
incomoda. Pergunto-me o motivo de certas tragédias que acontecessem serem
transformadas num verdadeiro desastre. Sim, uma mãe filho por motivos injustos
ou motivo nenhum, mas porque alguém simplesmente decidiu tirar a vida desse
filho, é trágico. Ainda assim, parece não nos importar as pessoas que estão
morrendo ao nosso redor, por não terem condições de receber um atendimento de
qualidade num hospital. Parece não importar que ainda haja milhões de pessoas
vivendo na miséria, sem direitos a saúde, educação, moradia decente, entre
outras coisas, desde que haja futebol na televisão, mulheres nuas no carnaval,
cerveja na geladeira e a economia esteja "favorável" (favorável a
quem, mesmo?).
Este exagero tem
tornado nossa vida uma piada nada engraçada. É algo que nos faz reféns de nós
mesmos e nos distrai daquilo que realmente é importante. Mas, como bem sei,
essa é uma realidade que só irá mudar quando realmente se tornar irritante.
P.S.: Este post
assim como o anterior não é exatamente conclusivo, pois cabe ao leitor definir
uma conclusão para o mesmo. Desta maneira, o leitor trabalha a produção
enquanto acompanha minhas palavras, em vez de absorvê-las como algo sem valor,
apenas uma informação a mais ou uma verdade absoluta e inquestionável.
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