quinta-feira, 28 de março de 2013

Sonhos


Definir o que é um sonho é uma tarefa extremamente difícil. No entanto, já se tentou fazê-lo diversas vezes. Alguns dizem que os sonhos são um mundo para o qual nossa mente viaja e experimenta sensações novas, às vezes são retratados como um conjunto de lembranças e memórias que surgem na nossa mente durante o sono... Enfim, vou tentar falar da maneira que sei.
Os egípcios antigos descreviam os sonhos como uma viagem do Ba (parte da alma egípcia, semelhante ao conceito cristão de alma) pelo Duat (o mundo espiritual). O que a pessoa sonhasse era o que seu Ba experimentava enquanto permanecia durante sua viagem. Eles acreditavam ainda que dormindo com travesseiros de granito, era possível evitar pesadelos, pois o peso do granito dificultava que a viagem fosse longa.
Já para os gregos antigos, os sonhos seriam uma espécie de ilusão criada pelos Oneiros (filhos ou irmãos de Hipnos, o sono): Morfeu, que era responsável pelas imagens humanas; Ícelo ou Fobetor, que criava a imagem dos animais e, por fim, Fântaso, responsável pelos elementos restantes dos sonhos.
Eu acredito que os sonhos são o mundo que cada um de nós tem dentro de si. Um mundo que contém nossos maiores segredos, nossos mais profundos desejos e até mesmo os nossos sentimentos mais ocultos. Sonhando podemos ser quem quisermos, fazermos o que quisermos, não há regras. Se os caros leitores desejam entender melhor o que tento dizer, citarei aqui a frase de um personagem famoso no mundo dos filmes (Alvo Dumbledore- Harry Potter): "Porque nos sonhos entramos num mundo inteiramente nosso. Deixe que mergulhe no mais profundo oceano, ou que flutue na mais alta nuvem”.
É importante mencionar ainda que os sonhos podem ser uma maneira de se fugir da realidade, quando esta já demanda um esforço muito grande e se torna terrível. Isso não quer dizer que devemos sonhar o tempo todo e nos esquecermos de viver a realidade. 

domingo, 10 de março de 2013

Orfeu


Orfeu era um poeta e musicista da Mitologia Grega, filho de Apolo e amante de Eurídice, uma ninfa. Orfeu foi um dos cinquenta Argonautas, que foram com Jasão em busca do Velocino (Tosão para os portugueses) de Ouro. Nesta missão, tinha como função, acalmar os homens para que eles não brigassem entre si. Orfeu também livrou os Argonautas da ira das Sirenes com a melodia de sua lira.
Ao tocar sua lira, Orfeu fazia os pássaros pararem de cantar, as árvores curvarem-se ao vento, os rios fluírem mais lentamente, tudo isso para ouvir o som que produzia. Até mesmo os deuses paravam para ouvi-lo. 
Certo dia, Eurídice, a amante de Orfeu, estava fugindo de um apicultor que a perseguia, quando tropeçou numa serpente e foi mordida, morrendo rapidamente. Orfeu decidiu ir até o Mundo dos Mortos, para tentar trazer sua amada de volta. Sua melodia, agora melancólica, permitiu que fosse levado pelo barqueiro Caronte, até seu destino. Conseguiu fazer com que Cérbero, o cão gigante de três cabeças, caísse em sono profundo.
Ao chegar até Hades, o Senhor dos Mortos, pediu que Eurídice pudesse voltar com ele. Hades negou o pedido de Orfeu, até que este tocou sua melodia para Perséfone, a esposa do Senhor dos Mortos. Ela então pediu a seu marido que concedesse o pedido do jovem deus. O pedido fora concedido, no entanto, havia uma condição: Orfeu não poderia olhar para trás sob hipótese alguma até deixar o reino de Hades.
Orfeu levou Eurídice consigo, mas, no momento em que achava ser seguro olhar para trás, percebendo que sua amada novamente havia se tornado uma sombra penosa e agonizante.
Depois de fracassar em seu objetivo, o filho de Apolo passou a dar conselhos de relacionamento para outras pessoas, mesmo que nunca tivesse tido algo em especial com alguém além de Eurídice, algo que resultou em frustração e decepção. Acabou por ser morto pelas Mênades, um grupo de mulheres selvagens que se irritaram com ele por terem sido ignoradas. Os deuses vingaram Orfeu e transformaram as Mênades em carvalhos, até que seus troncos caíram sem vida, no chão.

Curiosidade: Do nome Orfeu é que se deriva a palavra Orfismo, um conceito filosófico.